Segurança patrimonial: protegendo os ativos de uma organização com eficiência
A segurança patrimonial garante, por meio de dispositivos eletrônicos, veículos, vigilantes especializados, cães adestrados e procedimentos, a manutenção do patrimônio de uma corporação. Fazendo uso de diversas medidas, o objetivo é proteger os interesses da empresa ao reduzir a probabilidade de a organização sofrer danos e perturbações dos seus ativos.
Assim, utilizando um plano de segurança patrimonial, os profissionais responsáveis por resguardar os bens de uma empresa irão garantir a estabilidade necessária para a execução das atividades-fim de uma companhia.
Tal qual o plano de segurança de patrimônio, o treinamento dos funcionários deve envolver uma empresa habilitada, estruturada e capacitada para essa atividade. Ela deve ser regulamentada junto ao Ministério da Justiça e à Polícia Federal para prestar serviços de segurança na indústria, no comércio e em áreas residenciais.
O planejamento de um plano de segurança é fundamental e envolve diversas etapas, devendo ser adaptado para as necessidades de cada local, além de ter o total apoio dos gestores da companhia. Após o levantamento do cenário externo e interno, e dos principias riscos que a organização está submetida, o plano de segurança deve considerar principalmente as três etapas listadas a seguir:
Plano físico
Nessa etapa, as instalações da companhia são verificadas em busca de vulnerabilidades e riscos de invasão ou desvios. Também são levantadas as necessidades de instalação de barreiras físicas/cercas, dispositivos eletrônicos para o monitoramento do local, tais como circuitos fechados de TV (CFTV) com gravação, sistemas de controle de entrada e saída de pessoas, veículos e materiais, leitores biométricos, catracas e sensores de presença. Eles devem estar conectados a uma central que, preferencialmente, deve estar localizada fora da empresa, garantindo a maior confiabilidade dos registros.
É bastante recomendado a existência de uma sala de vigilância blindada dentro da organização com acesso rigorosamente restrito. No caso de uma invasão organizada, essa célula de segurança será fundamental para proteger a empresa e solicitar apoio externo.
Plano operacional
Nesse momento, são definidas as normas operacionais da empresa. Elas regularão o comportamento de funcionários fixos, terceirizados, visitantes, fornecedores e clientes dentro do ambiente corporativo.
Isso é feito por meio de medidas como a diferenciação de cores de crachás de acordo com o perfil da pessoa e a proibição de celulares em áreas que lidam com dados sensíveis (que minimizam as possibilidades de informações importantes saírem de ambientes controlados).
Devem ser definidos, nessa etapa do plano, os horários de funcionamento de cada área da empresa e as pessoas autorizadas a circular em cada uma dessa áreas. Um sistema de controle de acesso eletrônico devidamente parametrizado auxilia muito nesse processo.
As áreas críticas, com circulação de numerários ou cujo risco de desvios internos for maior deve existir um rigoroso processo de controle de acesso, existindo se possível um detector de metais na saída caso exista necessidade pelo tamanho dos materiais e/ou equipamentos. Além disso, essas áreas devem estar sempre monitoradas por câmeras de vigilância.
O controle de acesso de visitantes, veículos, funcionários e fornecedores é fundamental no plano operacional. Deve existir um registro rigoroso de tudo o que entra e sai da organização, inibindo desvios e permitindo uma melhor rastreabilidade no caso de problemas ou sinistros.
As escalas operacionais e o posicionamento da equipe de segurança devem ser contempladas nessa etapa. Trabalhar com escalas adequadas muitas vezes otimiza os recursos e melhora a segurança do local.
A forma de comunicação deve estar sempre muito bem planejada, definindo-se códigos e senhas para as diferentes situações que ocorrem e disciplinando a utilização do rádio HT e/ou telefones. Recomendamos sempre a existência de uma Central de Operações que centralize a comunicação e a coordenação das ações quando necessário
Plano de contingência
A criação de um plano de contingência é indispensável para garantir que os funcionários saibam como agir caso algo não saia como previamente definido. Ele deve envolver técnicas que darão o suporte necessário para que colaboradores e agentes de segurança possam enfrentar situações críticas com facilidade, diminuindo a possibilidade de prejuízos afetarem o funcionamento dos serviços internos.
No dia a dia, os vigilantes devem estar preparados para identificar ameaças ao funcionamento da companhia e também prestar primeiros socorros caso necessário. Caberá ao serviço de segurança patrimonial disponibilizar soluções que aumentam a proteção da empresa e de seus ativos e pessoas. Em função disso, o agente de segurança deve estar bem capacitado para trabalhar com foco na prevenção de incidentes. Entre as boas práticas que um agente de segurança deve ter, podemos destacar:
1- Evitar distrações: celulares, revistas, tablets e livros diminuem a atenção voltada para a salvaguarda do patrimônio corporativo;
2- Manter a arma no coldre: a arma de fogo é um objeto cujo uso sempre deve ser evitado, mesmo para brincadeiras. Diante disso, vigilantes devem trabalhar sempre com a arma no coldre, garantindo a sua segurança e daqueles ao seu redor;
3- Cumprir rigorosamente as normas de segurança: trabalhar seguindo cada detalhe do plano de segurança e as normas internas da companhia reduz o perigo e os fatores de risco durante a atividade dos profissionais de vigilância. As normas são aliadas dos vigilantes e permitem que eles possam efetuar as suas atividades rotineiras sem enfrentar imprevistos;
4- Efetuar uma passagem de serviço e armamento segura: a troca de turnos e de armamentos deve ser feita em local isolado e seguro. A existência de um livro de passagem de serviço, registrando as principais ocorrências é importante para esse processo.
5- Manter os vigilantes bem localizados: ao evitar que agentes de segurança fiquem aglomerados e fora de seus postos de serviço, possibilita maior produtividade do efetivo de segurança. Implantação de bastões de ronda que controlam e direcionam as ações dos vigilantes auxilia o trabalho de segurança.
6- Ter profissionais com boa postura e comportamento: a confiança faz parte do trabalho de todos os profissionais da área. Um time de vigilantes deve sempre procurar ter uma boa postura de trabalho e efetuar suas atividades com discrição. Detalhes técnicos sobre os procedimentos de segurança e as estratégias de ação, por exemplo, jamais devem ser compartilhados com terceiros.
O trabalho dos vigilantes é a peça-chave para a manutenção da segurança patrimonial da companhia. Eles atuarão em todos os ambientes, garantindo que os equipamentos de vigilância estejam funcionando corretamente. Além disso, caberá ao profissional identificar vulnerabilidades e pessoas com atitudes suspeitas.
Diante disso, a seleção de profissionais bem preparados permite que os ativos de uma companhia fiquem mais seguros contra-ataques e qualquer tipo de dano. Por lei, eles devem ser formados em cursos autorizados pela Polícia Federal e passar por treinamentos de reciclagem a cada dois anos.
Além disso, uma das principais exigências para esse profissional é a ausência de antecedentes criminais. Caso o uso de armas seja necessário, a empresa deve seguir os procedimentos rigorosos estabelecidos pela Policia Federal.
Segurança eletrônica: tecnologia que protege pessoas
A tecnologia tem um papel fundamental no dia a dia de empresas de diversos setores. Para funcionários de marketing, por exemplo, ela permite que peças publicitárias multimídias sejam criadas facilmente. Já para desenvolvedores de software, ela é a chave para a inovação e a oferta de novas soluções em TI. No mundo da segurança não é diferente. Os equipamentos eletrônicos ampliam o poder de vigilância dos humanos por meio de sensores, câmeras e alarmes modernos e confiáveis.
Sistemas de alarme modernos, por exemplo, dão maior segurança a empresas por meio de sensores de presença e sensores de incêndio. Eles também possuem sistemas anti-hacking de alta complexidade, que impedem a quebra dos códigos de segurança mesmo localmente. Já os sistemas de monitoramento (CFTV) compostos por câmeras digitais permitem a transmissão de imagens para qualquer lugar do mundo em alta definição.
Nos últimos anos, as câmeras de vigilância têm passado por inovações tecnológicas importantes. A câmera IP, por exemplo, é uma câmera de vídeo que pode ser acessada e controlada via qualquer rede IP, como a LAN, Internet ou Intranet e que tem sido cada vez mais utilizada em projetos de segurança. As câmeras IP não necessitam de softwares ou placas adicionais, tornando fácil sua instalação e manuseio dentro de uma rede, pois ele possui seu próprio endereço de IP.
Uma outra tecnologia importante que vem ganhando espaço é o sistema de vídeo analítico (Video Analytics) que através de equipamentos e softwares e algorítimos avançados de Inteligência Artificial permite a análise automática das imagens monitoradas, independente do fator humano, permitindo detectar invasões, suspeitos circulando, fluxos de pessoas ou matérias incomuns e etc.
Os botões de pânico e as cercas elétricas auxiliam na ação de agentes de segurança por permitir identificar situações de risco facilmente com discrição e reduzem o risco de invasão no local.
Com o uso de tecnologia, as empresas ganham novas ferramentas para incrementar a segurança dos empreendimentos, muitas vezes a um custo menor.
A utilização desses equipamentos deve ser adotada em larga escala por companhias que buscam prevenir ações que explorem vulnerabilidades e falhas de operação. Seja por meio dos circuitos fechados de televisão ou dos sensores de presença, é sempre possível encontrar algum equipamento que possa ser adaptado aos ambientes internos e externos de sua corporação.
A importância da portaria
A portaria é a conexão da sua empresa com o mundo. Ela é, literalmente, a porta de entrada para seu negócio e é um local que merece toda atenção dos profissionais de segurança. Uma portaria mal gerenciada e mal estruturada pode colocar em risco todo o planejamento de segurança da companhia.
Portaria tradicional
Esse tipo de portaria conta com o controle de entrada feito diretamente por porteiros e guardas. Eles devem atuar identificando funcionários, prestadores de serviço, fornecedores, veículos e visitantes corretamente. Além disso, devem estar preparados para barrar pessoas suspeitas e não autorizadas, além de serem treinados para atuarem com dedicação, cordialidade e eficiência.
Em locais de pequeno e médio porte, pode ser necessário que o porteiro esteja preparado para lidar com equipamentos de vigilância interna da companhia. Esse é um tipo de profissional que sempre deve estar atualizado e pronto para aplicar as rotinas de trabalho mais modernas do mercado. Assim, ele será capaz de tratar corretamente as pessoas que frequentam a empresa diariamente, manusear instrumentos de trabalho como rádios e sistemas eletrônicos e identificar situações de perigo.
Contratar um bom profissional de portaria requer cuidados especiais. Para te ajudar, preparamos um manual para a contratação de um porteiro profissional. Baixe agora gratuitamente e encontre o melhor profissional.