Quem nunca recorreu aos vizinhos para pedir emprestada uma xícara de açúcar ou um cabo pra fazer chupeta na bateria do carro que arriou?
O espírito de comunidade, integração, colaboração ativa e o sentimento de pertencimento são as bases do convívio harmônico em sociedade. Eles podem também contribuir para reduzir a criminalidade e construir uma cultura de paz.
Essa é a filosofia sob a qual se desenvolve o Vizinhança Solidária, programa criado pela Polícia Militar do Estado de São Paulo, que incentiva a interação humana e potencialização das relações interpessoais de uma comunidade, visando um processo de transformação social positiva de comportamento.
Na semana passada, o Coronel Álvaro Camilo, secretário-executivo da PM, participou do Ciclo de Palestras do Secovi-SP. No evento, explicou o modelo do programa com dicas de segurança para os síndicos e administradoras presentes.
O projeto Vizinhança Solidária consiste em unir os moradores e conscientizá-los de que a solidariedade entre os vizinhos é uma ferramenta de segurança preventiva.
O seu funcionamento, na prática, baseia-se na instalação de câmeras nos bairros com imagens de alta resolução. Os moradores participantes têm acesso 24h às imagens ao vivo, e também, às gravações por meio do PC, tablet e/ou aplicativo para celular.
Além disso, são criados grupos de WhatsApp, e quando alguém percebe uma movimentação estranha ou algo incomum nas ruas, residências, condomínios e comércios da região, pode notificar seus vizinhos e pedir ajuda imediatamente à Polícia. A união dos vizinhos resulta em uma cidade mais segura.
Também participaram do evento o vice-presidente do Secovi-SP, Hubert Gebara, e Sérgio Meira, diretor de condomínios da entidade e responsável pela a coordenação do evento.
Principais pontos para redução da criminalidade
Em sua apresentação, o Coronel Camilo destacou os principais pontos para a redução dos crimes:
1. Informação: os cidadãos têm o dever de se indignar e devem comunicar os órgãos competentes toda vez que se depararem com situações que mereçam atuação corretiva ou preventiva. Dessa forma, ao fazerem queixas e denúncias em casos de situações suspeitas ou de crimes, ajudam o poder público pois permitem que a polícia possa direcionar seus esforços e recursos para responder de forma mais precisa e objetiva aos problemas com base nas informações das ocorrências registradas;
2. Tecnologia: câmeras de alta definição e sistemas de comunicação como aplicativos de mensagem instantânea aumentam a capacidade de atendimento da polícia;
3. Atuação sobre os 3 lados ligados ao crime: o criminoso, a vítima potencial e o ambiente. No caso do criminoso, com punição e melhoria das leis. Com a vítima, na educação e prevenção, de forma a se evitar situações de exposição, como o uso de celulares nas ruas. No ambiente, por meio de melhorias na iluminação pública, por exemplo, e condições gerais. Afinal, já está provado que ambientes deteriorados são um convite à contravenção e ao crime.
Desde a sua fundação, há quinze anos, a Aster acredita que segurança se faz com informação, integração, articulação social, tecnologia e pessoas capacitadas e orientadas. Sejam agentes de segurança ou moradores.
Por isso, inclusive, por meio de patrocínios apoia permanentemente atividades e iniciativas que promovam o conhecimento e aprimoramento, como os Ciclos de Palestras do Secovi, que possibilitam aos síndicos e gestores de condomínios desenvolverem ações preventivas de segurança com eficiência e integração, objetivo desta edição do evento.
Outro programa de destaque que conta com a participação da Aster é o estudo Zelando Juntos – Vila Leopoldina. O projeto mapeia os problemas do bairro e propõe ações para melhoria da segurança na região. Você pode acessá-lo gratuitamente agora. Para isso, basta se inscrever no formulário abaixo!