Tem sido cada vez mais frequente a invasão de condomínios para realização de roubos e furtos. Apesar de ser uma modalidade relativamente arriscada, o retorno para os criminosos, no caso de êxito, é bastante grande, por permitir invadir diversas residências em uma única ação. Por isso, tem se percebido o aparecimento de diversas quadrilhas especializadas nesse tipo de modalidade. Nesse artigo, iremos abordar os 5 erros fatais para segurança de um condomínio, que todos envolvidos na gestão de segurança devem estar sempre atentos.
1 – CONTRATAÇÃO DE EMPRESAS TERCEIRIZADAS COM FOCO EXCLUSIVAMENTE EM CUSTO
Em tempos de crise, ou visando reduzir o valor condominial, o condomínio decide o processo de contratação de uma terceirizada que irá ficar responsável pela portaria e/ou segurança do condomínio, tendo como base exclusivamente custos, sem considerar itens básicos de qualidade. Ou seja, a empresa que oferece o menor custo ganha a concorrência.
Isso pode ser muito perigoso para o Condomínio, pois além de possíveis futuros problemas trabalhistas, em virtude da empresa não cumprir todas as exigências legais no pagamento de seus funcionários, a segurança do condomínio pode estar comprometida. Muitas vezes, essas empresas que cobram preços especialmente baixos, não verificam antecedentes criminais de seus funcionários, possuem alta rotatividade, altos índices de absenteísmos e níveis altos de insatisfação dos funcionários. Esses fatores tornam o condomínio especialmente exposto a ações criminosas.
2 – ESTRUTURA FÍSICA INADEQUADA
Muitos condomínios, principalmente os mais antigos, não foram projetados para atender as demandas de segurança, facilitando bastante as ações de criminosos no local. Dentre os principais problemas destacamos os seguintes:
a) Ausência de portões duplos intertravados nos acessos do condomínio.
b) Muros e portões baixos ou pontos fáceis de escalar
c) Guarita má-localizada, não permitindo boa visão da rua e do portão da garagem
d) Guarita sem estrutura mínima para o profissional de segurança. Recomendamos no mínimo banheiro no interior, ar-condicionado e mobiliário adequado. Se possível blindar a guarita.
3 – INEXISTÊNCIA DE PROCEDIMENTOS FORMALIZADOS DE SEGURANÇA
Alguns condomínios não possuem em seu regulamento interno, regras específicas de segurança, dificultando bastante o trabalho dos porteiros que ficam desorientados sobre como proceder nas diferentes situações. Além disso, os moradores sem saber exatamente o que podem ou não fazer, tendem a realizar ações que lhe sejam mais confortáveis individualmente, em detrimento da segurança do local.
Desta forma, é fundamental criar procedimentos de segurança, que não só abordem as regras a serem seguidas como também as punições no caso de descumprimento. Os moradores precisam ser constantemente conscientizados sobre a importância de se cumprir os procedimentos estabelecidos e eventualmente punidos, geralmente com multas, caso persistam no descumprimento.
Precisa ser criado no condomínio uma cultura de segurança, envolvendo funcionários, moradores e prestadores de serviços, através de definição de regras e procedimentos claros, rigorosamente cumpridos.
4 – AUSÊNCIA DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA ELETRÔNICA
Hoje, não é possível discutir segurança, sem abordar a questão de segurança eletrônica, que se tornou imprescindível para evitar ocorrências em condomínios. Alguns condomínios negligenciam esse item e se tornam especialmente vulneráveis.
Um condomínio deve ter especial atenção com seguintes itens:
a) CFTV: a existência de um sistema de câmeras moderno, com sistema de gravação local e remoto, além de ajudar a identificar problemas, proporciona importante fator de inibição que desestimula a ação de criminosos. Para isso, é importante definir corretamente o local de instalação desses equipamentos, bem como a tecnologia mais adequada e a manutenção/preservação apropriada do sistema.
b) Alarmes: O condomínio deve ser monitorado remotamente por empresa especializada, fazendo o devido sensoriamento de áreas críticas. Além disso, o condomínio deverá possuir sistema de botão de pânico, que possa ser acionado por moradores e funcionários no caso de situações de risco, acionando uma central de monitoramento externa, que prestará o apoio necessário
c) Segurança Perimetral: O condomínio deve possuir sensores em sua área perimetral ou cerca elétrica, permitindo que qualquer tentativa de invasão seja rapidamente identificada.
d) Controle de Acesso: É importante investir em sistemas de controle de acesso, que facilitem o registro de visitantes e fornecedores e também automatizem o processo de identificação e entrada dos moradores, tanto na portaria de pedestres quanto na entrada de veículos. Para isso recomendamos a utilização de sistemas biométricos ou de tags e/ou controles remotos, que minimizam a possibilidade de falhas humana do porteiro.
5 – GESTÃO INADEQUADA DOS RECURSOS HUMANOS DE SEGURANÇA
Um funcionário de segurança, cansado, desmotivado e sem o devido treinamento pode trazer sérios riscos para o condomínio. Independentemente se o condomínio trabalha com efetivo próprio ou terceirizado de segurança, o condomínio deve possuir uma política bem estruturada de gestão dos recursos humanos de segurança, incluindo grade de treinamentos (com definição de periodicidade de reciclagem), controle de rotatividade, gestão de férias e escalas de trabalho remuneração variável baseado em bom desempenho e definição de sistema de supervisão e controle.
Caso o condomínio tenha o seu efetivo terceirizado o com uma empresa séria e com certificação ISO/9001, todo esse processo pode ser facilitado e acelerado, tendo em vista que a empresa já possui toda a estrutura e know-how para executar essa gestão.