Aster apresenta estudo de segurança e propõe ações para melhoria na região da Vila Leopoldina

Segurança Patrimonial
06/02/2018

Zelar pela segurança de condomínios e residenciais vai além de manter uma equipe treinada e utilizar equipamentos e procedimentos adequados.

A ASTER acredita que o entendimento do entorno e problemas sócio-econômicos são importantes para resolver as questões de segurança. Por isso, nos unimos ao Instituto Agires e realizamos um levantamento das fragilidades da região da Vila Leopoldina e entorno.

Durante sete meses, uma equipe do Agires, contratada pela ASTER realizou diversas pesquisas e levantamentos em trabalho de campo.

Observando e conversando com moradores da região, pessoas em situação de rua, moradores e empresários dos arredores do CEAGESP e Vila Leopoldina, buscamos entender a realidade do dia a dia. Assim, pudemos entender as dificuldades e o que os motivavam as pessoas a estarem naquela região.

Após realização do estudo foram mapeados os principais problemas que contribuem para situações de risco de segurança na região.

1. Presença do CEAGESP

Retroalimenta toda a gama de vulnerabilidades sociais: pessoas em situação de rua, prostituição adulto e infanto juvenil, drogadição e alcoolismo. Incita discussões e intervenções que ocorrem isoladamente pelos grupos representativos identificados.

2. Falta de investimento e conservação

Limpeza pública, manutenção de ruas, calçadas como problemas de acessibilidade, mobilidade e pavimentação, ausência de lixeiras, além do excesso e acúmulo de lixo concentrado em grande parte das calçadas e passeio dos pedestres.

3. População em situação de rua

Uso da rua como moradia ou como fonte de renda.

4. Moradias precárias e irregulares

Ocupações irregulares não são novidade. A chamada Favela 09 ou Favela Japiaçu tem mais de 250 moradias e existe desde 1972. A Favela da Linha ou Favela Votorantim, também com mais de 250 moradias existe desde 1973. A mais recente, Cingapura Maderit, é de 2000 e tem mais de 400 moradias.

5. Discussão da ocupação

Divergências quanto a ocupação do uso do solo e da posse da terra privada, mediante a demarcação das ZEIS – zonas especiais de interesse social, demarcadas no PDE e previsto nas Leis 16.050/14 e 16.402/16. Área identificada como ZEIS 3 no antigo terreno da CPTM.

Conclusões do estudo

Existe um conflito social na região onde as diferenças sociais estão acentuadas. Há diferentes interesses por cada uma das partes. Esta situação deve persistir devido ao crescimento imobiliário da região. Além disso, a solidificação das leis de zoneamento que estabelecem o uso social da região também contribuem.

Frente a este cenário, torna-se muito importante a criação de um plano de segurança pessoal e patrimonial diferenciado, que não só monitore a região mas também reestabeleça qualidade no convívio, minimizando as ocorrências.

Fortalecer as organizações existentes na região para que possam estabelecer uma relação civilizada entras as partes que co-habitam a região, quebrando assim a indiferença hoje reinante. Atenuando os conflitos, acomodando as diferentes demandas e trazendo confiança entre as partes.

Debatendo os resultados

Estudo foi apresentado em encontro promovido pela Aster em parceria com a Amocity, Conseg e Viva Leopoldina no dia 23 de novembro de 2017. Participaram membros da imprensa local, síndicos e moradores de prédios da região e especialistas do setor.

Para enriquecer e promover uma discussão sobre o tema, houve um debate entre especialistas com a presença de Heloisa Melillo – presidente do Instituto Agires – e Diógenes Lucca – especialista em segurança, fundador do GATE e comentarista de segurança na Rede Globo.

Heloisa destacou que “o bairro vem passando por uma reestruturação enorme, abandonando em partes as raízes de sua origem e dando espaço para o surgimento de situações que são evidentes para todos os níveis sociais, porém vistos de maneiras completamente diferentes por cada um deles”.

Saída do CEAGESP

Um ponto que é foco de muita discussão e traz visões completamente diferentes, por exemplo, é a saída do CEAGESP. Tida praticamente como certa, apesar de não haver uma previsão para isso. “Tirar o Ceasa não necessariamente é a solução, mas sua presença corrobora para o acontecimento de alguns fatos (…), que contribuem para a vulnerabilidade da região”, afirma Heloisa.

Diógenes Lucca elogiou o levantamento e a iniciativa promovida. “Pela primeira vez vejo um projeto que foge do básico e traz o tema para discussões sociais”. Reforça sua visão de que segurança pública é sim um dever do Estado, mas responsabilidade de todos. “As pessoas precisam de consciência do seu papel para que isso [melhora na segurança pública] aconteça”.

Todos precisam estar envolvidos, somente patrulhamento ou ações policiais não garantem segurança se não houver diálogo e compreensão entre todos.

Buscando tornar estas responsabilidades mais claras, Diógenes elencou questões simples que a comunidade pode zelar e que irão contribuir para a criação de um ambiente mais limpo e, consequentemente, seguro. Como a limpeza das vias públicas, implementação de coleta seletiva de lixo, numeração evidente das cases, poda de árvores e combate ao comércio irregular.

“O combate aos pequenos delitos impede que os grandes aconteça”, falou Lucca ao citar experimentos realizados em Nova York durante a implantação do programa Tolerância Zero. Evitar que pichações, pequenos furtos e vandalismos ocorram ajudarão a contribuir para reduzir a incidência crimes mais sérios.

Zelando Juntos

Por fim, Fábio Fragoso – sócio e diretor da Aster – apresentou uma primeira iniciativa da empresa para contribuir com o desenvolvimento da região. O Projeto Praça do Bom Senso, com revitalização e manutenção de uma praça no bairro

A praça irá receber, além de um novo projeto paisagístico que será mantido pela empresa, uma câmera de segurança para monitoramento e prevenção de pequenos delitos e também prevê a realização de um calendário de eventos sociais. Assim, promoverá o encontro entre munícipes e maior sociabilidade no bairro.

Além disso, Fábio propõe que haja maior integração entre as organizações existentes na região, com a criação de um conselho de segurança pública local. Facilitando a defesa de interesses comuns frente às esferas públicas e troca de informações entre os munícipes.

Veja o estudo completo →

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